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Campanha alerta sobre direitos sexuais e reprodutivos durante pandemia da COVID-19

Campanha alerta sobre direitos sexuais e reprodutivos durante pandemia da COVID-19

A Gestos lança neste mês de junho uma campanha sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos (DSDR) que circulará nas redes sociais (Instagram, Twitter e Facebook). O objetivo é chamar atenção sobre esses direitos, mostrando que mesmo em situação de distanciamento social provocada pela pandemia do novo coronavírus, os direitos sexuais e reprodutivos permanecem válidos e devem ser exercidos. A iniciativa também divulga como denunciar violência sexual e de gênero e como acessar alguns serviços de saúde e de atendimento a mulheres vítimas de violência sexual.

Com o alerta “Fique em casa. Mas leve junto os seus direitos sexuais e reprodutivos” e a hashtag #FiqueEmCasaComDireitos, a Gestos quer alertar sobre situações de violência contra a mulher e de gênero, sobre o direito ao aborto legal e sobre a importância de se manter informada e de denunciar situações de violência, inclusive durante o período de distanciamento social. A campanha conta com apoio da IPPF-WHR e também cobra das autoridades e dos governos medidas efetivas para garantir os direitos sexuais e os direitos reprodutivos e combater a violência contra a mulher e de gênero.

“Num momento como este em que todas as pessoas precisam ficar em casa e os serviços públicos ficam ainda mais distantes, é muito importante garantir que informações corretas sobre os direitos sexuais e os direitos reprodutivos cheguem às pessoas, principalmente às pessoas mais jovens. Estamos enfrentando uma pandemia da Covid-19, aliada a outras de violações de direitos e a multiplicação de fake news”, destaca Alessandra Nilo, coordenadora-geral da Gestos.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de feminicídios cresceu 22% em 12 estados brasileiros nos meses de março e abril de 2020 – quando a quarentena exigida para prevenir a Covid-19 foi mais intensa.

Outro dado preocupante em relação ao direito reprodutivo das mulheres durante a pandemia refere-se ao atendimento para aborto legal nos hospitais que realizam o procedimento no país. Um levantamento da ONG Artigo 19, em parceria com a revista AzMina e a Gênero e Número, para identificar como está o serviço de aborto legal no Sistema Único de Saúde (SUS), mostrou que apenas 55% dos serviços que oferecem esse atendimento estão funcionando durante a pandemia. No Brasil, o aborto é permitido por lei quando a gestação é resultado de uma violência sexual, em casos de anencefalia (feto sem cérebro) e quando há risco de morte para a gestante.

A pandemia afetou também o atendimento de saúde às pessoas vivendo com HIV e Aids. Pesquisa feita com apoio da Articulação Social Brasileira para o Enfrentamento da Tuberculose (Articulação TB/Brasil), da Articulação Nacional de Aids (Anaids), do Comitê Comunitário de Acompanhamento de Pesquisas em tuberculose (CCAP TB/Brasil) e do segmento Sociedade Civil da Parceria Brasileira contra a Tuberculose mostrou uma redução de 40% das equipes e de 35% das consultas durante a pandemia da COVID-19.

Gestos mantém atendimento especial durante a pandemia
Durante a pandemia do novo coronavírus a Gestos manteve o serviço de testagem para HIV em funcionamento. O serviço é gratuito e atende, com hora marcada, jovens com idades entre 18 e 29 anos. Para agendar, é preciso ligar para (81) 3421-7670.

A Gestos também lançou um Serviço de Informações sobre Saúde e Sexualidade por telefone. Jovens e adolescentes poderão conversar sobre os temas relacionados aos Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos com segurança e confidencialidade, sem preconceitos, de segunda a sexta, com horário marcado. Para agendar, é preciso ligar para (81) 3421-7670.

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