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Gestos participa da 573ª reunião do Conselho Estadual de Saúde e avalia políticas públicas

Gestos participa da 573ª reunião do Conselho Estadual de Saúde e avalia políticas públicas

A Gestos participou, na quinta-feira, 24 de outubro, da 573ª reunião do Conselho Estadual de Saúde e avaliou as políticas públicas do governo de Pernambuco sobre ISTs, AIDS e hepatites virais — com a enfermeira da organização Talita Nascimento sendo a debatedora — e também as estratégias de equidade na atenção básica à população LGBT — esta sem debatedores.

Confira aqui e aqui as respectivas apresentações do governo de Pernambuco (atenção: os dados de sífilis estão desatualizados).

Após a apresentação do programa estadual de IST, AIDS e hepatites virais pela gerente do setor, Grazielle Vasconcelos, os conselheiros e participantes da reunião fizeram algumas críticas, recomendações e cobranças ao Estado. A coordenadora de programas institucionais da Gestos, Jô Meneses, reforçou que é preciso mais investimento na formação dos profissionais de saúde em relação à prevenção combinada e para que não reproduzam estigmas e preconceitos.

Ela também frisou que é urgente massificar as campanhas informativas sobre I = 0, ou seja, a pessoa que está indetectável não transmite o vírus HIV. “Esse é um dos caminhos para a gente vencer a questão do estigma”, lembrou.

O conselheiro da Gestos José Cândido cobrou, entre outros pontos, a falta de apoio à sociedade civil através dos editais públicos com recursos do Ministério da Saúde, a volta do ônibus que fazia teste rápido para ISTs de forma itinerante, além da recorrente falta de medicamentos para infecções oportunistas e uma máquina de ultrassom para o Hospital Correia Picanço.

Já a enfermeira da Gestos Talita lembrou a longa lista de espera de PrEP no Hospital Oswaldo Cruz. “Vejo muitas pessoas que vão em busca da PrEP e já chegam infectadas”, disse, lembrando que a situação fica ainda mais difícil para quem mora no interior. Ela também ressaltou a questão da saúde mental como um fator decisivo para a adesão e retenção dos pacientes na rede, assim como transporte e retirada de medicamentos, que, antes, era para três meses e, agora, está mensal.