WEBINAR – Sociedade Civil na Agenda de Eliminação da TB
Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que ocorre em 24 de março, uma série de webinários vem sendo realizada como forma de atuar na orientação, no combate e no enfrentamento à doença.
Com o tema “Sociedade Civil na Agenda de Eliminação da TB: O Papel da Comunicação e da Mobilização Social”, o webinar realizado pelo Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DATHI) e pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), discutiu o papel da sociedade civil organizada nas ações de enfrentamento à tuberculose, focada em estratégias de base comunitária e em iniciativas de comunicação e educação.
Além da sociedade civil organizada, estudantes, pesquisadores/as, coordenadores/as de tuberculose, profissionais de saúde e de outros setores participaram do evento.
A antropóloga e coordenadora de Programas Institucionais da Gestos, Jô Menezes, que integra o Comitê Estadual de Enfrentamento à Tuberculose em Pernambuco, participou da palestra apresentando a ferramenta digital OneIMPACT com o tema: “Ferramentas Inovadoras para Monitoramento Liderado pela Comunidade”, parceria com a Stop TB Brasil, que soma quatro aplicativos compostos por uma plataforma digital de saúde que apoia o monitoramento comunitário da resposta à tuberculose.
De acordo com a antropóloga, o aplicativo vem atuando historicamente para potencializar a voz no combate à Tuberculose no País. “Por mais que existam tecnologias, tudo tem que ser construído pelas pessoas afetadas, se não fizermos esse movimento, nós não conseguimos chegar”, afirmou Jô.
Ela também complementa reforçando a importância da comunicação assertiva no enfrentamento à doença. “É importante estimular a comunicação sobre a TB e destacar a importância das pessoas se informarem mais sobre a doença, para que elas possam acessar as diversas redes de orientação e os serviços de saúde disponibilizados”.
Dados do Ministério da Saúde
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico de Tuberculose – Número Especial de Março de 2023 – do Ministério da Saúde, o coeficiente de mortalidade por TB vinha se reduzindo, mesmo que lentamente, há aproximadamente duas décadas, até que, em 2021, essa tendência se reverteu, quando foram registrados 5.072 óbitos, resultando um coeficiente de 2,38 óbitos por TB por 100 mil habitantes. Em comparação com 2019, o aumento relativo foi de 10,7% no índice de mortalidade e de 11,9% no total de óbitos por TB. A última vez que o país registrou número de óbitos por TB superior a 5 mil foi em 2002.
Ainda segundo os dados, em 2022, os estados que apresentaram maior risco de morte por TB na população foram Rio de Janeiro (5,0 óbitos por 100 mil habitantes), Amazonas (3,5 óbitos por 100 mil habitantes) e Pernambuco (3,3 óbitos por 100 mil habitantes).