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ONG Gestos apresenta estudo inédito em audiência pública nesta sexta-feira (14)

ONG Gestos apresenta estudo inédito em audiência pública nesta sexta-feira (14)

Fruto do projeto Travestis Também Envelhecem, levantamento sobre população travestis e mulheres trans em envelhecimento no Recife pode contribuir para políticas públicas.

 

Na sexta-feira (14), a Câmara dos Vereadores do Recife será palco de uma importante audiência pública, que irá debater um levantamento inédito sobre travestis e mulheres transexuais em processo de envelhecimento. Realizado como parte do projeto Travestis Também Envelhecem (desenvolvido pela ONG Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero), o estudo lança novas perspectivas sobre as condições de vida da população de travestis e mulheres trans na capital pernambucana e apresenta uma série de recomendações. A audiência, que contará com a participação de representantes da sociedade civil, de conselhos municipais e de parlamentares, será aberta ao público e está marcada para às 14 horas, no Plenarinho da Câmara.

Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo e a estimativa de vida de uma mulher trans ou travesti no país é de apenas 35 anos. Em 2022, o estado de Pernambuco ocupou o primeiro lugar no ranking nacional de assassinatos de pessoas trans, ficando à frente do estado de São Paulo, segundo colocado em um números absolutos. Em resposta a esse cenário, o projeto Travestis Também Envelhecem surgiu como uma iniciativa de inclusão social e garantia da cidadania.

A primeira etapa do projeto consistiu na formação de um grupo de convivência formado por 14 travestis e mulheres trans acima de 50 anos, que discutiram experiências de vida tendo como pano de fundo os temas do envelhecimento e identidade de gênero. Já na segunda etapa, foi realizada uma coleta de entrevistas com as integrantes e outras travestis e mulheres trans acima dos 50 anos, que possibilitaram a realização deste levantamento de dados pioneiro, que permitiu identificar perfis socioeconômicos de travestis e mulheres trans em processo de envelhecimento na capital pernambucana.

Agora, o resultado deste trabalho será entregue aos conselhos municipais de Saúde, da Pessoa Idosa, de Direitos Humanos e de Assistência Social do Recife, com o objetivo de contribuir diretamente para a elaboração e a implementação de políticas públicas específicas para essa população. O documento também será enviado para gestores e parlamentares do município.

O projeto teve o apoio do Fundo do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife (COMDIR), da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans), da Nova Associação de Travestis e Transgêneros de Pernambuco (NATRAPE), da Gerência de Livre Orientação Sexual (GLOS) do Recife, do Fórum LGBT de PE e do Conselho Estadual de Promoção dos Direitos da População LGBTI+ de Pernambuco.

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