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XXI ENONG: reafirmando lutas e resistindo aos desafios

XXI ENONG: reafirmando lutas e resistindo aos desafios

Centenas ativistas e representantes da sociedade civil se reuniram entre os dias 27 e 30 de abril na cidade de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, para o XXI Encontro Nacional de ONGs/Aids (ENONG). Organizado pelo Fórum do Movimento Social de Luta contra a Aids no Ceará, com o tema “Reafirmando lutas e resistindo aos desafios”, esse foi o primeiro evento presencial do Movimento Aids desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020.

Ao longo do encontro, painéis e Grupos de Trabalho abordaram temas como: a atual conjuntura da saúde pública e da epidemia de Aids no Brasil, controle social e incidência política, prevenção, atenção, assistência e direitos humanos. Essa configuração possibilitou a elaboração de um Documento Político que reuniu as principais análises e reivindicações do Movimento Aids, que foi aprovado durante a plenária final, realizada na sexta-feira (29) e coordenada por Marcia Leão (Fórum de ONGs/Aids do RS) e Moysés Toniolo (RNP+/BA).

Além da aprovação do documento, a plenária final também deliberou sobre a extinção da Secretaria Nacional da Articulação Nacional de Aids (Anaids) e o retorno do modelo anterior baseado no colegiado dos Fóruns de ONG/Aids; referendou os nomes de Rodrigo Pinheiro (Foaesp/SP) e Jair Santos (Paravida/PA) para a representação junto ao GT Unaids e confirmou a advogada Regina Bueno (Fórum de Saúde do RJ) como uma das representantes no Conselho Nacional de Saúde.

Para o assessor de projetos da Gestos, Jair Brandão, que representou o Conselho Nacional de Saúde e a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+ Brasil) durante a programação do XXI ENONG, o evento foi uma conquista para o Movimento Aids. “Poder reunir presencialmente ativistas do país inteiro após esses últimos anos de pandemia foi uma vitória imensa. Naquele momento, pudemos discutir nossas pautas fundamentais, como a ampliação do acesso à PrEP [Profilaxia Pré-Exposição], o aumento do financiamento e manutenção da política nacional de Aids; bem como a ausência de campanhas voltadas à prevenção (que ainda é um desafio enorme e uma lacuna neste governo). Também foi uma conquista a criação do Coletivo de Mulheres Ativistas na Luta Contra a Aids”, disse. 

No sábado (30), a comissão organizadora do XXI ENONG, divulgou seu documento político, que possui quatro eixos de ações e/ou intervenções políticas: 1º – Prevenção, Atenção, Assistência e Garantia de Direitos; 2º – Controle Social e Incidência Política; 3º – Sustentabilidade Política, Econômica, Financeira e Técnica e Programática; 4º Combate ao machismo, conservadorismo e fundamentalismo. 

“Em relação ao documento final, é algo que estávamos precisando para nortear nossa organização política na luta contra a Aids”, explicou Jair Brandão. “O texto irá servir como orientador durante os próximos dois anos (até o próximo ENONG) e traz várias propostas e temas que irão subsidiar as nossas discussões, sobretudo neste ano eleitoral. Também fizemos uma carta com uma agenda mínima de HIV/Aids para os candidatos e candidatas” .  

Clicando aqui você confere o documento político do XXI ENONG na íntegra.

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