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Webinário inicia projeto inédito sobre Justiça Climática para Mulheres Trans e Travestis, realizado pela Gestos

Webinário inicia projeto inédito sobre Justiça Climática para Mulheres Trans e Travestis, realizado pela Gestos

Na terça-feira (6), a Gestos realizou o webinário “Trans pelo clima: Justiça Climática também é direito das mulheres trans e travestis“, uma sessão informativa sobre os direitos das mulheres trans e travestis diante da emergência climática. A sessão marcou a inauguração do projeto “Justiça Climática para Mulheres Trans e Travestis“, desenvolvido pela Gestos com o apoio do Fundo Positivo.

O encontro foi facilitado por Alice Junqueira, integrante do coletivo Climax Brasil, e por Jordana Campos, da ONG Engajamundo, que discutiram como a emergência socioambiental e as mudanças climáticas têm impactado de maneira desproporcional populações socialmente vulnerabilizadas, em especial as mulheres trans e travestis.

O projeto tem como objetivo promover os direitos das mulheres trans e travestis do Recife, com enfoque na justiça climática e no acesso a informações e cuidados. Ele fortalecerá as ações de Advocacy e incidência política de 15 mulheres trans e travestis com mais de 50 anos, utilizando uma abordagem ecofeminista que conecta a busca por direitos com a mitigação dos impactos climáticos. 

Esta iniciativa visa trabalhar com o grupo de mulheres trans e travestis do Recife, utilizando ações de advocacy para políticas públicas baseadas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) – monitorados no Brasil pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GT Agenda 2030).

Os ODS são um conjunto de 169 metas globais, construídas de maneira interligada e indivisível, visando superar os desafios sociais, econômicos e ambientais para a construção de um mundo mais sustentável e equitativo até o ano 2030.

Entre 2022 e 2023, a Gestos desenvolveu um grupo de convivência para mulheres trans e travestis acima dos 50 anos, todas residentes do Recife. O projeto realizou um levantamento sociodemográfico inédito que identificou os desafios enfrentados por essas mulheres na capital pernambucana. A partir dos dados coletados, foi possível identificar como as condições sociais e econômicas vivenciadas por essa população são potencializadas pela falta de acesso à Justiça Ambiental.

A partir desse levantamento, foram elaboradas recomendações e propostas para o poder público, apresentadas em uma audiência pública na Câmara de Vereadores do Recife em abril deste ano.