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Cartilha da Gestos informa tudo o que você precisa saber sobre a monkeypox

Cartilha da Gestos informa tudo o que você precisa saber sobre a monkeypox

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, na última segunda-feira (26), um Plano Estratégico de Preparação e Resposta para conter o surto de transmissão de monkeypox (mpox). A novidade foi anunciada menos de duas semanas após a organização decretar, em 14 de agosto, uma nova emergência de saúde pública internacional por conta da doença — em 2022, uma emergência foi decretada pela OMS e encerrada 10 meses depois. Nessa nova fase, a Gestos relança a cartilha “Monkeypox: Informação para prevenir o vírus, o preconceito e o medo”. O material tem revisão do infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz Demetrius Montenegro.

Acesse a cartilha aqui.

O Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde para ações de resposta ao vírus, embora, segundo o governo federal, o Brasil apresente, no momento, sinal de controle e estabilidade.

Com a cartilha, você fica bem informado sobre o que é a mpox, a explicação sobre novos casos, os motivos do surto, os perigos, as formas de transmissão, os sintomas e como prevenir. A maioria dos casos do vírus é leve e desaparece sem tratamento em poucas semanas. Desde que foi descoberta, a taxa de letalidade costuma chegar a 10% dos casos nos países onde a mpox é endêmica. Contudo, desde que o surto começou nos países fora do continente africano (como é o caso do Brasil), essa taxa de letalidade tem variado entre 3% e 6% e geralmente está relacionada aos casos em crianças ou em pessoas com deficiências imunológicas (como as pessoas vivendo com HIV/AIDS).

A mpox requer atenção, pois tem alto risco de transmissão. Embora sejam clinicamente menos graves, os sintomas são parecidos com os da varíola. O período de incubação do vírus monkeypox é de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS. A infecção costuma durar de duas a quatro semanas. Os primeiros sintomas são febre acima de 38,5º C (que pode durar cerca de cinco dias), dor de cabeça intensa, inflamação nos gânglios, dor nas costas, dor muscular e fadiga. As lesões na pele são frequentes e podem aparecer até três dias após a febre, começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

MPOX E HIV/AIDS – O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) pediu, no início deste mês, uma resposta rápida da comunidade internacional sobre o surto de mpox.

“O surgimento de uma nova variante mais contagiosa de Mpox e o impacto devastador que está causando nas comunidades em toda a África, especialmente entre as mais vulneráveis, incluindo aquelas afetadas pelo HIV e pela AIDS, é alarmante”, disse Angeli Achrekar, diretora executiva adjunta de Programas do UNAIDS. “Devemos convocar esforços internacionais para garantir que vacinas e tratamentos sejam acessíveis e disponíveis para todas as pessoas que precisam e aproveitar a experiência do movimento contra a AIDS para garantir uma resposta baseada em solidariedade, compaixão, inclusão e equidade”, acrescentou.

VACINA – Em 2023, durante a emergência, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a vacinação contra a mpox no Brasil de forma provisória. Foram distribuídas 49 mil doses adquiridas pelo Ministério da Saúde. O imunizante, no entanto, tem disponibilidade limitada, em razão, segundo afirma o governo brasileiro, do alto grau de complexidade de produção do medicamento, o que dificulta sua aquisição em todo o mundo.

O epicentro da emergência de mpox está na República Democrática do Congo, onde mais de 15 mil casos e 550 mortes foram registrados este ano, principalmente entre crianças. O problema é também que não há vacinas disponíveis no país e, segundo cientistas, a nova cepa do vírus está mudando mais rápido do que o esperado, o que dificulta o controle e o rastreamento, sobretudo em áreas que não dispõem de recursos financeiros suficientes.

O plano lançado pela OMS esta semana abrange um período de seis meses, de setembro de 2024 a fevereiro de 2025, com necessidade de investimento previsto de US$ 135 milhões. A OMS antecipou que, em breve, fará um apelo de financiamento.

PERNAMBUCO – Com um cenário controlado, Pernambuco tem ao todo 10 casos confirmados para mpox, em 2024, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Os dados foram divulgados nesta quarta (28). Mesmo diante de números seguros, a pasta reforça à população a importância da adoção das medidas de prevenção contra a doença. O Estado não registra circulação da variante do Clado I, que tem causado o aumento de casos, especialmente na República Democrática do Congo.

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