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A Gestos de solidariza com a OMS

A Gestos de solidariza com a OMS

NOTA CONTRA A SAÍDA DOS EUA DA OMS

A Gestos vem acompanhando com extrema preocupação o anúncio do governo Donald Trump de retirar os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS), fundada em 1948. O país é o principal financiador do órgão, fundamental na resposta a emergências e no enfrentamento de doenças transmissíveis, como o HIV, outras infecções sexualmente transmissíveis e a tuberculose, além de ser responsável por executar ações de prevenção, pesquisa e vigilância em todo o mundo.

As consequências do anúncio trumpista serão devastadoras. Sem os recursos dos EUA, programas essenciais de saúde e erradicação de doenças podem colapsar e aprofundar ainda mais as crises de saúde nos países mais pobres, comprometendo a vida de milhões de pessoas, sobretudo de mulheres, meninas e pessoas LGBTQIAPN+.

A medida de Trump, apoiado por bilionários como Elon Musk, para quem as nações não deveriam “ceder autoridade” à OMS, também irá comprometer a transparência e a circulação de informações de qualidade com base em evidências científicas, fragilizando o ecossistema de comunicação e saúde.

Os EUA contribuem atualmente com cerca de 18% do financiamento da OMS, que conta com orçamento bienal para 2024-2025 de 6,8 bilhões de dólares. Segundo dados publicados pela Reuters, com base em números da agência, o país financiou, nesse período, 75% do programa da OMS para HIV e outras ISTs, além de mais da metade das contribuições para combater a tuberculose.

O primeiro mandato de Trump já anunciava o que estava por vir: durante a pandemia de covid-19, ele também retirou o financiamento da OMS, alegando pagamentos onerosos ao órgão e má gestão da crise global de saúde. Agora é preciso união da comunidade internacional, das autoridades sanitárias e de especialistas para enfrentar o novo anúncio do presidente americano e defender de forma intransigente a OMS.

O direito humano à saúde é inegociável. A Gestos une-se mais uma vez a esse compromisso internacional e seguirá atuando, como faz há 31 anos, pelo direito à saúde, em parceria com a OMS e com os demais organismos do sistema das Nações Unidas. Mais do que nunca, necessitamos de um multilateralismo inclusivo e justo. Saúde para todas as pessoas.

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