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Gestos lança campanha + Recursos para a Política de Aids

Gestos lança campanha + Recursos para a Política de Aids

Campanha foi feita em parceria com as quatro redes nacionais de pessoas vivendo com HIV/Aids.

 

Nesta terça-feira (21), a ONG Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero lança a campanha + Recursos Já para a Política de Aids. Fruto do projeto “Protegendo a Política de Aids”, que durante os meses de abril e agosto deste ano, ofereceu 16 encontros para 24 ativistas representantes das quatro redes nacionais de pessoas vivendo com HIV/Aids (RNP+, MNCP+, RNTTHP e RNAJVHA), que participaram de toda elaboração dos materiais com o objetivo de chamar a atenção do governo sobre a necessidade  urgente de mais investimentos para a política nacional de HIV/Aids.

Apoiada pela Viiv Healthcare Foundation, a campanha + Recursos Já para a Política de Aids consiste de cinco vídeos narrados por ativistas vivendo com HIV/Aids dos quatro cantos do país, que serão divulgados semanalmente através das redes sociais da ONG (@gestospe).  Com o mote “+ Recursos Já para a Política de Aids”, as peças buscam fortalecer a resposta nacional ao HIV, lembrando que o Brasil já foi uma referência global nessa área, mas que precisa se recuperar do severo desmonte sofrido durante o último governo.

Entre 2019 e 2022, o Brasil registrou 139.745 novos casos de HIV e 45,6% dessas novas infecções pelo HIV ocorreram entre mulheres e meninas de 15 e 34 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. Paradoxalmente, em 2021 o governo chegou a destinar o menor valor já aplicado em campanhas de prevenção ao HIV: apenas R$ 100.098 (cem mil e noventa e oito reais).

Para Alessandra Nilo, coordenadora geral da Gestos, essa campanha vem “em boa hora, pois as comunidades afetadas pelo HIV precisam incidir sobre as definições orçamentárias, inclusive pedindo mais detalhamento nos dados sobre investimentos. Até hoje, por exemplo, nunca conseguimos acessar o valor total destinado à prevenção, ou calcular qual seria o montante necessário para um fortalecimento real das comunidades. É hora de falar de mais recursos, sim”, comenta.

Para Thiago Jerohan, assessor de projetos da Gestos, esse desinvestimento “tem dificultado o acesso às novas tecnologias, ao tratamento e, inclusive, às estratégias de prevenção combinada, inclusive para quem já está buscando a PrEP e a PEP; isso tem impedido a expansão dos serviços. Exigir mais recursos é garantir a melhor qualidade de vida para quem precisa se prevenir e para quem já vive com HIV/Aids”, explica.

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