Novo coronavírus: PE segue diretrizes do Ministério da Saúde para pessoas vivendo com HIV/Aids
A Secretaria de Saúde de Pernambuco vai seguir as diretrizes do Ministério da Saúde a respeito de medidas para prevenir o novo coronavírus em pessoas vivendo com HIV e Aids no Estado e divulgou os procedimentos que serão adotados.
Sobre a orientação de distribuir a medicação antirretroviral para até três messe, especialmente para pessoas com linfócitos T – CD4 menores que 500 cels/ml, a Secretaria de Saúde informa que é possível realizar a dispensa para 60 ou 90 dias de tratamento para as pessoas que usam os esquemas 3 em 1 (TDF+3TC+EFZ – DFC) ou 2 em 1 (TDF+3TC(DFC)+DTG) + Dolutegravir em oito SAEs do Projeto 60-90: Hospital Correia Picanço, Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Hospital das Clínicas, Policlínica Lessa de Andrade, SAE Caruaru, SAE Petrolina, SAE Arcoverde e SAE Serra Talhada.
A Secretaria de Saúde solicita aos serviços que informem sobre a capacidade de armazenamento da medicação, para que os antirretrovirais possam ser enviados dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Para as pessoas que fazem uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), a orientação da Secretaria de Saúde de Pernambuco também segue as diretrizes do Ministério da Saúde para dispensação da medicação para até quatro meses, nos serviços que prestam esse atendimento. São eles: Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Hospital das Clínicas, SAE Caruaru e Centro de Testagem e Aconselhamento de Caruaru. Neste caso, cada serviço de atendimento vai se organizar para atender os/as usuários/as.
O Governo do Estado também reforçou a importância da vacinação para influenza e pneumococos, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Manejo da infecção pelo HIV, independentemente do CD4. A vacina é contraindicada apenas para casos com história prévia de reação de anafilaxia a vacina.
Jair Brandão, assessor de Projetos da Gestos, ressalta por que é importante seguir as orientações para a prevenção do novo coronavírus: “Por sermos considerados hoje um dos grupos de risco, juntamente com as pessoas idosas e as crianças, essas medidas são importantes para evitar a exposição ao vírus. É importante que todas as pessoas, dentro do possível, não saiam de suas residências, respeitando esse período de isolamento social, pois nesse momento precisamos quebrar essa cadeia de transmissão do coronavírus e a prevenção é uma das iniciativas mais eficazes”.
É preciso seguir as orientações gerais
As pessoas vivendo com HIV/Aids devem seguir as mesmas orientações de higiene e saúde indicadas para o restante da população, como higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel (70%); evitar tocar olhos, nariz e boca; evitar contato com pessoas doentes, entre outras.
As recomendações para as pessoas vivendo com HIV/Aids pretendem reduzir a circulação de pessoas e evitar a exposição desnecessária ao coronavírus e também sobrecarga dos serviços de saúde.
Confira as orientações do Ministério da Saúde para pessoas vivendo com HIV/Aids:
Indicações gerais:
a) Higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel (70%).
b) Evitar tocar olhos, nariz e boca.
c) Evitar contato com pessoas doentes.
d) Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, com o cotovelo flexionado ou um lenço descartável.
e) Ficar em casa e evitar contato com pessoas quando estiver doente.
f) Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Indicação específica:
a) Vacinação para influenza e pneumococos, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Manejo da infecção pelo HIV, independentemente do CD4
b) A vacinação é contraindicada nos casos com histórico de reação de anafilaxia à vacina
Para os serviços de saúde estaduais:
a) Distribuir antirretrovirais para até três meses, para evitar a circulação de pessoas
b) Identificar Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) que possam receber maior quantidade de medicação
c) Se for preciso, solicitar envio extra de medicamentos através do Programa Ascendente (PA)