Webinário marca o encerramento do projeto Trans pelo Clima
Na quinta-feira (22), a Gestos realizou o webinário “Trans pelo Clima: Justiça Climática também é direito das mulheres trans e travestis“. O evento reuniu especialistas e integrantes do grupo Trans Pelo Clima para discutir a intersecção entre as lutas pela justiça climática e pelos direitos da população trans. A sessão marcou o encerramento do projeto da Gestos, que colaborou com mulheres trans e travestis do Recife para influenciar políticas públicas em várias áreas essenciais, visando reduzir os impactos das mudanças climáticas nessa população.
A fim de fortalecer a participação de mulheres trans e travestis na luta pela justiça climática, o projeto ofereceu formação política, assessoria técnica e apoio para a incidência política de 15 mulheres trans e travestis com mais de 50 anos.
Para Igor Travassos, Coordenador da Frente de Justiça Climática, as vulnerabilidades específicas da população trans e travesti frente às mudanças climáticas refletem a falta de acesso a moradia digna, renda e serviços básicos, somadas à discriminação e violência, o que aumenta os riscos e os impactos das mudanças climáticas para comunidades e populações historicamente vulnerabilizadas.
O debate destacou a importância da interseccionalidade na luta pela justiça climática, reconhecendo que as desigualdades de gênero, raça, classe e orientação sexual, que se interconectam e amplificam os efeitos das mudanças climáticas.
Durante o webinário, as integrantes do grupo Trans Pelo Clima também destacaram a importância da representatividade e da construção de políticas públicas com participação social, compartilhando suas experiências e perspectivas sobre os desafios e oportunidades da justiça climática para a comunidade trans do Recife – que ocupa a 16ª posição do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) no ranking das cidades mais vulneráveis à mudança do clima no mundo.