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Gestos fala sobre saúde da população LGBTQIAP+ em evento na Fiocruz. Conheça ações e projetos da organização

Gestos fala sobre saúde da população LGBTQIAP+ em evento na Fiocruz. Conheça ações e projetos da organização

A Gestos participou, na última sexta-feira (9), do evento “Saúde da população LGBTQIA+”, no auditório do Instituto Aggeu Magalhães, na Fiocruz Pernambuco. A coordenadora de programas da organização, a antropóloga Jô Meneses, falou das experiências, ações e campanhas da ONG em seus 31 anos de atuação na promoção e no fortalecimento dos direitos humanos.

Jô dividiu a mesa com o coordenador estadual de Atenção Integral à Saúde da População LGBT, da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Luiz Valério, e o técnico ministerial da 2a Promotoria de Justiça de Serra Talhada, no sertão pernambucano, Emanuel Gonçalves. 

“A população LGBTQIAP+ ainda é julgada em muitos espaços. Quando se pensa em serviço de saúde, acredita-se que esse lugar não vai reproduzir violência, estigma nem preconceito, mas, na verdade, não é isso que acontece em grande parte dos atendimentos”, lembrou a coordenadora da Gestos. “Acolhimento e respeito na rede de saúde são direitos”, frisou.

Jô aproveitou para expor algumas demandas, como mais acesso às cirurgias redesignação sexual (mastectomia, faloplastia, vaginoplastia), que ainda têm filas muito grandes; atenção à saúde mental, em especial a dificuldade para acessar psiquiatra na rede; a necessidade de geriatras para pessoas LGBTQIAP+ na faixa etária de 60+; mais acolhimento por parte dos serviços de saúde; e campanhas de prevenção ao HIV e outras ISTs, especialmente para pessoas com vagina/lésbicas, homens trans e transmasculinos) 

“As campanhas não podem ser únicas, as questões e os públicos são específicos, a partir de vários recortes de raça, gênero, orientação sexual, renda. As identidades de gênero se modificaram bastante, mas as campanhas muitas vezes não acompanham essas afirmações para dialogar com todas as pessoas”, explicou.

Conheça algumas ações da Gestos

Acolhimento sem preconceitos: Atenção Básica livre da LGBTIfobia — O projeto desenvolvido com o objetivo melhorar e fortalecer o acolhimento à população de LGBTI+ na Rede de Atenção Básica, através de formação para profissionais de saúde e da produção de recomendações para contribuir com as políticas públicas no campo da saúde integral voltada para essa população em Pernambuco. Através da formação, reunimos 40 profissionais de saúde e produzimos um documento contendo recomendações sobre saúde integral LGBTI+, que foi divulgado e entregue à representantes da gestão estadual e de instâncias de controle social. 

Os temas abordados foram gênero e raça, sexualidade, prevenção combinada do HIV, enfrentamento ao estigma, preconceito e discriminação, saúde integral e acolhimento da população LGBTQIA+, direitos sexuais e reprodutivos, LGBTQIA+fobia institucional, saúde mental, violência e redução de danos para a população LGBTQIA+.

Direitos da População LGBTI: Conhecer para exercer — Projeto de fortalecimento da ação de 40 ativistas LGBTI residentes em Pernambuco e produção de instrumentos educativos para atuação no campo da defesa de direitos para essa população nas diversas regiões do Estado.

Travesti também envelhece Projeto que buscou contribuir para a inclusão social, visibilidade e cidadania de travestis e mulheres transexuais idosas e em fase de envelhecimento residentes no Recife. Estimulamos o seu protagonismo através da formação de um grupo de convivência para discutir assuntos relacionados ao modo de vida dessas pessoas, violência, relações interpessoais, família, saúde, sexualidade, trabalho, políticas públicas, cidadania, expectativa de futuro, entre outras questões, tendo o envelhecimento como tema transversal.

Prevenção na Parada da diversidade de Pernambuco — Distribuição de insumos de prevenção e orientações sobre testagem, Prep, PEP e preservativo.

Atendimento psicológico para jovens pelo Espaço Saúde e Sexualidade — Psicoterapia dual, com grupos de mulheres trans jovens, homens trans e transmasculinos, pessoas não binárias, além de grupo psicoterapêutico para pessoas adultas para mulheres trans.

Temas deste texto: Fiocruz - LGBTQIAP+ - Saúde