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UNAIDS inicia experiência piloto com organizações da sociedade civil do Recife

UNAIDS inicia experiência piloto com organizações da sociedade civil do Recife

A Gestos, o Grupo de Trabalho em Prevenção Posithivo (GTP+) e o Instituto Boa Vista (IBV) se reuniram com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), na terça-feira (22), para iniciar uma experiência inédita. O encontro, que aconteceu na sede da Gestos, buscou medir a aplicação de recursos nas ações desenvolvidas por essas organizações da sociedade civil que atuam na resposta ao HIV/AIDS. 

“A UNAIDS está mudando a estratégia para o controle da epidemia de AIDS e tem acreditado que as organizações da sociedade civil podem liderar essa luta”, explica o economista especializado em Saúde e consultor independente da UNAIDS, Daniel Varan, “por isso, estamos começando uma experiência piloto para avaliar a capacidade e a qualificação que têm as organizações (em particular, a Gestos) de levar essa tarefa adiante”.

Para isso, o programa conjunto das Nações Unidas está aplicando uma metodologia chamada Medição de Gastos em Aids que permite medir e quantificar as atividades que estão sendo desenvolvidas para avaliar a importância e o grau de impacto gerado por cada ação (a nível local, nacional e internacional). “Essa ferramenta é utilizada pela UNAIDS há 20 anos e permite medir a luta contra o HIV”, continua o economista, “agora precisamos encontrar uma forma de mapear as atividades que estão sendo feitas pelas organizações e incluí-las nesse projeto”.

Segundo a coordenadora geral da Gestos e co-facilitadora do GT Agenda 2030, Alessandra Nilo, “esse trabalho que está sendo feito pela UNAIDS é o resultado de um pedido da sociedade civil (e a Gestos teve uma grande participação nesse processo) para que nós tivéssemos ferramentas e capacidades para fazer uma medição desses gastos e para que, no futuro, possamos também averiguar quais as necessidades das organizações da sociedade civil para continuar mantendo essa resposta”. 

Alessandra considera ainda que este passo representa um avanço, do ponto de vista organizacional das ONGs que trabalham o tema. “Nós esperamos que, a partir disso, nós possamos fazer recomendações ao UNAIDS e, consequentemente, aos governos do mundo inteiro, sobre como melhorar a capacidade da sociedade civil de visibilizar a contribuição que temos dado para a resposta ao HIV/AIDS”. 

Além disso, a medida amplia os indicadores para monitoramento do uso dos recursos acessados pelas organizações da sociedade civil e também permite maior aproveitamento na aquisição desses recursos. 

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