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Casos de Covid-19 voltam a crescer em PE. Gestos orienta PVHAs a completarem seus esquemas de vacinação

Casos de Covid-19 voltam a crescer em PE. Gestos orienta PVHAs a completarem seus esquemas de vacinação

Nos últimos dias, o estado de Pernambuco tem observado um aumento nos casos de Covid-19 identificados. Só no Recife, foram realizados 2391 exames nos pontos de testagem da cidade entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro; nesse período foram identificados 634 novos casos da doença – um aumento de 26,1% nos índices de contaminação da capital pernambucana.

Recentemente, autoridades médicas identificaram duas novas sub variantes da Ômicron, a BQ.1 e a XBB. Ambas as sub variantes já circulam em países como China e Estados Unidos, além de algumas regiões do continente europeu. No Brasil, casos da Ômicron BQ.1 já foram registrados em estados como Amazonas, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro; contudo nenhum caso dessa nova cepa foi identificado em Pernambuco até o momento. 

A sub variante BQ.1 é a mesma cepa que circula atualmente na Europa e foi responsável por causar o aumento no volume de infecções em países como Alemanha e França. Já a XXB tem circulado em países como Singapura, Índia e Bangladesh. Ambas apresentam os mesmos sintomas das cepas identificadas até agora, ou seja: dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar.

O Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Milton Bezerra Sobral (Lacen-PE), que realiza testes de RT-PCR das amostras enviadas pelos hospitais de referência e dos centros de testagem, já enviou ao Instituto Aggeu Magalhães – unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco – amostras biológicas de pacientes com Covid-19 que testaram positivo nos últimos dias. O instituto está estudando o material recebido para verificar a presença de novas sub variantes da Ômicron. A expectativa é que os resultados dessa nova rodada sejam divulgados no próximo sábado (12). 

O biomédico e pesquisador da Fiocruz PE, Marcelo Paiva, relacionou o recente crescimento dos casos da Covid-19 no estado à possível circulação da BQ.1. “Essa é uma hipótese muito plausível. Já vimos como essa história (ondas da pandemia) é contada. Há um padrão de ocorrência dos casos lá fora (no exterior) e, em seguida, o vírus começa a se propagar. Agora, há um protagonismo da BQ.1”, disse o pesquisador à coluna da jornalista Cynthia Leite.

Especialistas acreditam que a capacidade de transmissão da Ômicron BQ.1 e Ômicron XBB pode ser maior do que a de outras variantes que já circulam no Brasil; mas ainda é cedo para afirmar com certeza. O fato é que a resistência de parte da população em completar seu esquema vacinal, somada às altas taxas de desigualdade e vulnerabilidade social, contribuem para o surgimento e a circulação de novas variantes e sub variantes, que podem representar um risco para agravado às populações imunossuprimidas, como é o caso das pessoas vivendo com HIV/AIDS.

A Gestos recomenda fortemente aos seus usuários e suas usuárias que ainda não concluíram seus esquemas de vacinação, ou não tomaram suas doses de reforço, que procurem os serviços de agendamento de suas cidades e que se vacinem. A instituição reforça ainda o uso de máscaras e álcool 70% como principal forma de prevenção ao vírus. Apesar dos índices não se compararem com os registrados no pior momento da pandemia, a Covid-19 ainda é uma realidade que necessita de um esforço coletivo para ser superada.

Temas deste texto: Covid-19 - Pernambuco - Vacinação

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