Gestos e ONUSIDA promovem reunião informativa com organizações da sociedade civil da América Latina e Caribe
Na sexta-feira (18), a Gestos, em parceria da ONUSIDA, realizou o encontro virtual Informação Estratégica – Agendas da ONU e HIV, e reuniu ativistas e organizações da sociedade civil da América Latina e Caribe. O evento tratou do Fórum Político de Alto Nível, da Agenda 2030, da Cúpula de Transformação da Educação (TES), da Assembleia Geral da ONU e outros eventos regionais importantes.
A reunião foi coordenada por Luisa Cabal, diretora regional da ONUSIDA para a América Latina e Caribe, e contou com a participação de Cesar Nuñes, diretor do UNAIDS em Nova York; Alessandra Nilo, coordenadora geral da Gestos e co-facilitadora do GT Agenda 2030; e de Mabel Bianco, fundadora da Fundação para Estudos e Pesquisas sobre Mulheres (FEIM, na sigla em espanhol).
Em sua fala inicial, Luisa Cabal, destacou a importância de encontros como este, que oferecem “um espaço informal de reflexão para a ação sobre como melhor posicionar e aproveitar, desde a nossa região, os espaços das Nações Unidas para o posicionamento dos objetivos da declaração política de HIV pela qual tanto temos trabalhado”.
“Sentimos que nosso Movimento de HIV/AIDS, está ainda muito distante de influenciar como deveríamos a agenda de desenvolvimento sustentável”, comentou a coordenadora geral da Gestos, Alessandra Nilo, “isso é muito preocupante quando observamos que o plano estratégico da UNAIDS para resposta ao HIV/AIDS coloca as desigualdades como eixo central e finalmente estabeleceu uma conexão muito mais concreta com as questões de desenvolvimento”.
Ela destaca ainda que, no atual contexto geopolítico, manter a visibilidade e a prioridade da resposta ao HIV/AIDS tem sido um enorme desafio. “Ao mesmo tempo em que se fala em manter agendas integradas e multissetoriais, a prática dos governos tem sido de isolamento entre os diferentes temas; então, temos sido forçadas (de uma maneira que me parece muito perversa e despolitizada) a estabelecer uma competição entre essas agendas e, por isso, fazemos um chamado à comunidade de HIV/AIDS da América Latina, para que realmente participem dos processos da Agenda 2030, pois eles estão vinculados a todos os temas que dão concretude ou às vulnerabilidades do HIV/AIDS, ou às possibilidades de respostas ao HIV/AIDS”.
Em sua fala, Cesar Nuñes, diretor do UNAIDS em Nova York, destacou a importância da participação da sociedade civil e das comunidades (sobretudo aquelas afetadas e/ou mais vulnerabilizadas pelo HIV/AIDS) nos fóruns promovidos pelas Nações Unidas. “Precisamos de uma preparação, daqui até Julho do próximo ano, para ver como podemos envolver mais organizações particularmente as que se preocupam com o tema do HIV e como vinculamos os objetivos de desenvolvimento sustentável que estão relacionados com a declaração política que, é claro, foi construída com base na estratégia global [do UNAIDS]”.