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Cerca de 21% de HSH, homens homossexuais e bi sofreram assédio verbal por viverem com HIV/Aids

Cerca de 21% de HSH, homens homossexuais e bi sofreram assédio verbal por viverem com HIV/Aids

Os dados apresentados na análise em profundidade do Índice de Estigma em relação às pessoas vivendo com HIV/AIDS da população de homens homossexuais, homens que fazem sexo com homens (HSH) e homens bissexuais mostram que a discriminação é pública e atinge essa população de forma desproporcional.

Além de quase metade das pessoas entrevistadas (44,2%) receberem comentários discriminatórios, 21,4% foram assediadas verbalmente em função de sua sorologia. A legislação brasileira considera crime a discriminação contra pessoas vivendo com HIV ou vivendo com AIDS. Ainda é alarmante o dado sobre a condição empregatícia: quase 15% dos homens entrevistados perderam fonte de renda, emprego ou foram rejeitados em ofertas de emprego por causa de sua sorologia.

A análise em profundidade de homens que fazem sexo com homens (HSH), gays e homens bissexuais do Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV e Aids apontou que ainda existe uma questão de saúde mental que interfere na relação que essa população tem com outras pessoas. 20% dos entrevistados disseram terem decidido não participar de eventos sociais; 26,8% decidiram se isolar da família; e 28,2% decidiram não fazer mais sexo.

Os dados completos da análise em profundidade de homens homens homossexuais, homens bissexuais e homens que fazem sexo com homens encontram-se no arquivo em anexo.

O Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV e Aids no Brasil é promovida pelas Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS (RNP+); Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP); Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV e AIDS (RNAJVHA); Rede Nacional de Mulheres Travestis e Transexuais e Homens Trans vivendo e convivendo com HIV/AIDS (RNTTHP). A pesquisa foi apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o HIV e a Aids (UNAIDS), pela Gestos — Soropositividade, Comunicação e Gênero, e pela PUC do Rio Grande do Sul (PUC-RS), e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Foi realizada em sete capitais: Manaus-AM; São Paulo-SP; Recife-PE; Rio de Janeiro-RJ; Brasília-DF; Salvador-BA; e Porto Alegre-RS. Saiba mais aqui.

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