Dia Mundial da Saúde: novo coronavírus torna mais evidente a importância do SUS
Este ano, o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, ocorre em meio à maior emergência sanitária vivida nos últimos dois séculos. O Covid-19 já infectou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo e no Brasil torna ainda mais evidente o quanto precisaremos avançar para garantir o direito à saúde para todas as pessoas, como previsto na nossa Constituição Federal.
A pandemia do coronavírus revela desigualdades e privilégios e, mais do que nunca, prova a importância do nosso Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso vale lembrar porque essa data foi criada em 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS): para marcar que saúde é muito mais que não padecer de enfermidades, significa é viver com dignidade e bem-estar físico e mental, cuja ausência, num momento como este, nos faz refletir.
Num momento no qual todos os países do mundo compartilham um desafio comum e a maioria busca proteger suas populações, no Brasil o imenso contexto de pobreza e desigualdades precisa ser priorizado na construção das respostas ao coronavírus.
A Gestos tem os direitos humanos como orientadores das nossas práticas junto às populações as quais servimos e por isso nos unimos ao chamado nacional pelo fortalecimento do SUS e pela revogação imediata do Teto de Gastos (Emenda Constitucional 95/2016), que limita por 20 anos os investimentos da União em saúde, educação e outras áreas sociais. Apenas na área da saúde a EC 95 impediu a União de investir R$ 30 bilhões, o que coloca em risco todo funcionamento do SUS.
A liberação de recursos emergenciais para a saúde, após muita pressão da sociedade civil, é mínima diante da brecha orçamentária criada, o que compromete e limita os esforços nacionais para o combate ao Covid-19.
A revogação do Teto de Gastos é urgente para o fortalecimento do SUS. Investir em um sistema de saúde público, com atendimento universal, é garantir a qualidade de vida e saúde que precisamos.
Viva o SUS! Viva os/as profissionais da saúde que colocam em risco suas vidas para garantir as nossas.
Fiquem em Casa, mas participem das mobilizações.