HIV/AIDS
Conscientização e informação: as melhores formas de prevenir
Em 1981, o HIV foi identificado pela primeira vez, marcando o ano em que faleceu o “paciente zero” nos Estados Unidos. Dois anos depois, os pesquisadores isolaram pela primeira vez o vírus da AIDS, mas somente em 1985 foi desenvolvido o primeiro teste capaz de identificar o vírus no sangue. A partir desse avanço, os bancos de sangue começaram a realizar testes em todas as doações. Em 1986, o vírus foi oficialmente denominado HIV e a primeira droga para tratar a doença, o AZT, foi criada em 1987. Os primeiros casos de HIV foram diagnosticados no Brasil, em 1983.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu o dia 1° de Dezembro como o Dia Internacional de Enfrentamento à AIDS em 1988, e em 1991 esse dia recebeu o símbolo da fita vermelha.
Embora ainda não haja uma cura para o HIV/AIDS, a pesquisa em medicamentos antirretrovirais progrediu consideravelmente. A Terapia Antirretroviral de Combinação (TARV), que surgiu em 1996, controla a replicação do vírus no organismo e aumenta a expectativa de vida das pessoas soropositivas. Além disso, a Lei 9.313, também de 1996, garante a distribuição gratuita de tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV/Aids no Brasil.
Histórico do vírus
Prevenções
Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP)
Estratégia de prevenção que consiste no uso diário de medicamento antirretroviral (ARV), por pessoas não infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de relações sexuais. A PrEP é a combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina) que bloqueiam alguns “caminhos” que o HIV usa para infectar o organismo. Existem duas modalidades de PrEP indicadas: a PrEP diária e a PrEP sob demanda.
- PrEP diária: consiste na tomada diária dos comprimidos, de forma contínua, indicada para qualquer pessoa em situação de vulnerabilidade ao HIV;
PrEP sob demanda: consiste na tomada da PrEP somente quando a pessoa tiver uma possível exposição de risco ao HIV. Deve ser utilizada com a tomada de 2 comprimidos de 2 a 24 horas antes da relação sexual, + 1 comprimido 24 horas após a dose inicial de dois comprimidos + 1 comprimido 24 horas após a segunda dose. A PrEP sob demanda é indicada para pessoas que tenham habitualmente relação sexual com frequência menor do que duas vezes por semana e que consigam planejar quando a relação sexual irá ocorrer.
Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP)
Tratamento com antirretrovirais, que deve ser utilizado por 28 dias, por uma pessoa que já foi exposta ao vírus do HIV e tem o objetivo de evitar a sobrevivência e a multiplicação do HIV no organismo. Para ser eficiente, é preciso que a pessoa não interrompa o tratamento durante os 28 dias, de acordo com a orientação do médico. A PEP é indicada em casos de violência sexual, relação sexual sem o uso de preservativo ou na qual houve rompimento da camisinha; acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em contato direto com material biológico). Para funcionar, a PEP deve ser iniciada logo após a exposição de risco, em até 72 horas. A PEP não substitui o uso da camisinha interna ou externa. Saiba onde encontrar a PEP e onde buscar mais informações sobre PrEP e PEP.
A orientação do Ministério da Saúde é testar e tratar. Por isso, todas as pessoas diagnosticadas com o vírus HIV no país têm o direito de iniciar gratuitamente o tratamento, recebendo a medicação antirretroviral independente da situação da sua imunidade ou da carga viral em seu organismo. Mas, quando falamos em aderir ao tratamento, não estamos falando apenas em tomar a medicação antirretroviral.
A adesão ao tratamento consiste também em várias medidas em benefício da saúde, que inclui usar diariamente a medicação, manter o corpo saudável, fazer os exames nos prazos, consultar profissionais de saúde regularmente e se proteger durante as relações sexuais, entre outras medidas. A Gestos elaborou uma cartilha sobre adesão ao tratamento que pode ajudar nos cuidados com a saúde. Baixe aqui: Saúde – Aderir ao Tratamento é a meta: dicas para levar uma vida saudável
Tratamento
Preservativo interno e externo
O preservativo é um dos métodos mais comuns de prevenção contra o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Ambos os tipos estão disponíveis em unidades de saúde, enquanto o preservativo externo também pode ser encontrado em estabelecimentos comerciais. O preservativo interno pode ser inserido até quatro horas antes da relação sexual, fornecendo à pessoa o controle sobre sua própria proteção durante o ato sexual.